Adriano Fagundes nasceu em Starkville, Mississippi (EUA), e cresceu em Brasília, onde iniciou seu olhar atento para a diversidade cultural e humana que mais tarde marcaria sua trajetória artística. Aos 18 anos, mudou-se para Nova York para estudar fotografia na School of Visual Arts. Durante esse período, trabalhou como assistente freelancer de diversos fotógrafos, aprofundando seu domínio técnico sobre luz, composição e narrativa visual.
Entre 1995 e 1998, foi primeiro assistente do lendário fotógrafo da Vogue, Arthur Elgort, que se tornaria seu mentor e amigo. A partir de 1998, iniciou sua carreira como fotógrafo profissional em Nova York, atuando em estúdio e em projetos internacionais, ao mesmo tempo em que mantinha uma presença ativa na cena musical da cidade como DJ e percussionista em seu projeto Call to drum” (2002–2010) no Bembe em Williamsburg, Brooklyn, NY.
Em 2010, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou trabalhando em editoriais, catálogos e campanhas publicitárias, além de desenvolver uma pesquisa autoral de longa duração sobre a vida ao longo do Rio Amazonas — uma travessia de mais de 6.800 km das nascentes nos Andes peruanos até o Atlântico. Dessa jornada nasce, em 2014, seu primeiro livro, Dos Andes ao Atlântico: Uma Viagem pelo Rio Amazonas, publicado em português e inglês.
Seguiram-se Legado Olímpico (2016), que documenta os bastidores da monumental operação alimentar dos Jogos Rio 2016, e Paisagens Gastronômicas: São Paulo (2019), um retrato de 35 produtores sustentáveis no estado, finalista do Prêmio Jabuti em 2020.
Em 2021, publica Vasto Mundo, edição especial que aproxima a poesia de Carlos Drummond de Andrade de suas fotografias de viagens realizadas entre 1990 e 2021 — um diálogo entre palavra e imagem, tempo e deslocamento.
Em 2019, recebeu o Prêmio Lusofonia em Artes em Lisboa, cidade onde vive desde 2020 com sua esposa, Patrícia. Atualmente, trabalha em projetos fotográficos e musicais desenvolvidos entre Lisboa, Rio de Janeiro e outras cidades do mundo.

