Photographic Drawings

14 Novembro 2019 - 6 Janeiro 2020

"Na contramão da representação da realidade, a obra fotográfica de Daniel Mattar procura ser pintura. Técnicas atuais, câmeras e lentes de última geração e impressões cromogênicas permitiriam a Daniel nos apresentar visões de um mundo tecnológico deslumbrante. Ao invés disso, foca sua atenção nas tradicionais tintas, em traços, cores e colagens. Coisa de tempos desatualizados? Ou um aggiornamento do tempo, ajustando-o a camadas de história?

O trabalho de Daniel se mostra repleto de paradoxos entre o tecnológico e tradicional, as dimensões e os volumes. A objetiva da câmera fotográfica se foca em detalhes de poucos centímetros e transforma esse minimundo de cores e formas em ampliações de até dois metros. O dentro trazido, imensamente, para fora."

 

Leonel Kaz, jornalista e curador

 


" O trabalho de Daniel Mattar é feito com a inteligência do olhar no comando da emoção. Por observação e reflexão temos a certeza de que o simples é mais, e se torna universal. Seus símbolos pintados podem ser reverenciados na ilha de Creta, em Juazeiro ,em Kyoto ou Lisboa. Sua obra é um convite ao repouso e à inteligência estando numa parede que tira o sujeito das hostilidades do mundo, onde estiver."

João Carlos Moura, artista plástico

 


"O trabalho do artista Daniel Mattar, se encontra em algum ponto entre a precisão da câmera e a experiência do gesto, entre a limpidez da impressão e a sujidade da tinta, entre a misteriosa alquimia das cores e sua versão contemporânea e global. O resultado nos desafia, pois, essas leituras, quase antagônicas, se sobrepõem, deixando entrever ideias descartadas e escolhas - como um pentimento."

Denise Mattar, curadora

 

 

"O trabalho do fotógrafo e artista plástico Daniel Mattar inscreve-se nestas duas disciplinas e reinventa-se a partir daí numa nova linguagem, com gramática própria e universo de características surpreendentes, por se apresentarem novas, sem aviso e sem regras inscritas à partida, no acto criativo.

Toda a acção é desenvolvida numa superfície de 4cm quadrados, em solidão. Aqui, a tinta e papel são os protagonistas, manipulados, torcidos, conduzidos."

Rui Guerreiro, curador